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segunda-feira, 18 de março de 2013

Freud era um tarado?

É normal atribuírem sexo a tudo. O problema é quando não se consegue administrar isso... O pior quando se quer tratar sobre sexualidade é que tudo é um tabu, e assim, continuamos nessa ignorância sádica sobre a sexualidade ou as ciências que sobre ela deliberam.

A psicanálise é um instrumento de análise da psique, ou seja, alma. Embora o termo “mente” seja mais aceito quando se trata de tal definição.
Logo, refere-se a um método para que se examine algo intrínseco. Intangível.
A melhor maneira de poder compreendê-la é imergindo em seu âmago. A parte mais profunda. E fazer com que possa vir à tona. Porém, há coisas que se escondem em nossa alma de modo resistir aos mais intrépidos esforços busca. Tão imersas que nem sequer nossa mente tem consciência de que as aloja.
O foco maior da psicanálise é essa abordagem ao inconsciente através da qual possamos permear níveis cada vez mais profundos da nossa alma.
Mas por que será que há tanto a ser escondido? Camuflado? Enterrado? Afinal o conteúdo ali retido é proporcional às neuroses que carregamos. Uma vez que o grau das neuroses ganha maior proporção com o acúmulo do que queremos esconder. Elas sobrepujam o manto da mente. Elas transbordam. E essa é a manifestação externa de que algo precisa ser tratado de dentro para fora.
Queremos inserir o mais fundo possível qualquer coisa que nos faça sofrer quando na superfície. Aquilo que não caberia do lado de fora. O que não é compatível com a sociedade. Queremos fazer parte dela. Queremos ser aceitos por ela. E esse processo é de fora para dentro, inversamente proporcional ao que faz de nós indivíduos.
As anomalias da sociedade sofrem porque cada elemento da mesma se locomove em busca do prazer e em fuga da dor. O que faz da convivência uma odisséia por entre os conjuntos que formam a humanidade. O sentido da vida.
A primeira categoria na qual somos vinculados será o primeiro passo na jornada da realização da nossa alma, o sexo.
Sexo é literalmente o processo de secção entre duas categorias básicas: macho e fêmea.
Mas o que define um macho? O que define uma fêmea? Como se dá a interação entre eles?
O estudo do sexo é chamado de sexologia, que trata das questões que mais relevância tem para que haja uma psicanálise. Pois, ao nascer, começa sua vida sexual. Advinda duma vida sexual de outrora.
Quando nasce, o bebê é chamado de menino ou menina. E começará a interagir com suas zonas erógenas (áreas específicas no corpo que geram prazer).
Esse bebê perceberá que tem prazer em chuchar, o que proporciona ao mesmo alimento e nutrição. Mas não se restringe a isso.
Mesmo quando não está se alimentando o bebê se deleita em chuchar não só o seio de sua genitora, mas qualquer coisa que possa estimular seu aparelho oral. Essa fase, cerca de 0 a 18 meses/ 2 anos, é conhecida como fase oral.

Em seguida, o bebê toma consciência da possibilidade de manipulação esfincteriana. O que dá inicio à fase anal (18 meses/2 a 3/4 anos) cuja zona erógena passa a ser a mucosa intestinal.

Após essa, é dado inicio ao ciclo conhecido como fase fálica (3/4 a 5/6 anos), na qual a zona erógena é o aparelho genital.

Em seqüência vem o período de latência (5/6 anos a 11/12 anos), nessa fase, o indivíduo passar a ter consciência do seu corpo como um todo em si.

O estágio final chama-se fase genital (11/12 anos a 17/18 anos). O ser humano já se identifica com seu corpo e chega ao apogeu da construção de seu sexo individual.

 

                Ao longo dessas fases, as interações com os pais fomentarão a personalidade sexual do indivíduo. O que desde a experiência de amamentação desencadeará manifestações razoáveis ou mesmo ininteligíveis de natureza sexual.

 

Antes de saber como se encaixar na sociedade, a criança ainda não tem razão para inibir sua energia sexual, que vai sendo modelada através do recalque. Mas uma hora aquilo se manifesta de forma externa.
É o desenvolvimento do Complexo de Édipo, denominação do papel sexual que começa a ser exprimido pelo indivíduo dentro de sua própria família e com seus próprios pais, uma vez que suas primeiras experiências sexuais são advindas de incestos.
É natural que cada pessoa se manifeste de maneira distinta a partir de tal episódio. O que faz de suas manifestações externas anomalias são a exclusividade de tais circunstâncias para que o indivíduo encontre realização sexual. O contrário é tido como patológico, que já não mais depende do ego do indivíduo.
Quando não é um caso patológico, o fortalecimento do ego é fundamental para uma realização sexual do indivíduo.
O que pode ser proporcionado pela psicanálise.

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